DESENCONTRANDO VOCÊ
Ainda espero
E quero
No mesmo horário
Espero sentada naquele banco
Mas você não vem
A culpa é de ninguém
Aliás, a culpa tem dono sim.
A culpa é do tempo
Malditos relógios que se desajustaram
Maldito tempo que todos dizem que a tudo cura
Mas parece que só aumenta meu sentimento por ti
Parece que só envelhece e fortalece o que sinto
Parece que rega a cada instante que te vejo essa flor
Que teimas em recusar
Que teimo em te oferecer
E custa a passar
E torna a doer
A ferida da recusa
O cascão que retiro sem cuidado
E deixa exposta, ainda sangrando
A dor do nosso desencontro.