DESENCONTRANDO VOCÊ

Ainda espero

E quero

No mesmo horário

Espero sentada naquele banco

Mas você não vem

A culpa é de ninguém

Aliás, a culpa tem dono sim.

A culpa é do tempo

Malditos relógios que se desajustaram

Maldito tempo que todos dizem que a tudo cura

Mas parece que só aumenta meu sentimento por ti

Parece que só envelhece e fortalece o que sinto

Parece que rega a cada instante que te vejo essa flor

Que teimas em recusar

Que teimo em te oferecer

E custa a passar

E torna a doer

A ferida da recusa

O cascão que retiro sem cuidado

E deixa exposta, ainda sangrando

A dor do nosso desencontro.

Janina Dias
Enviado por Janina Dias em 08/07/2011
Código do texto: T3082753
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