Palavras 0408 - Velha árvore
Hoje não me sinto uma velha árvore
abandonada a beira da estrada,
o sol entra meu corpo e aquece até a alma,
nasceram novas imagens e são belas,
o antigo tento mudar, dar tinta, colorir,
cada detalhe que me lembra o passado.
Desapareceu aquela fera, a sombra triste,
a fome passou devagar, como se voasse,
braços me agarram como se fossem galhos,
loucas aves alçaram ao espaço dando aleluias.
Se um dia voltar a chorar, pode ser alegria,
as emoções ruins foram com as sombras,
quero risos estampados na boca que beijo,
planta nova germinando como eu hoje, amor.
Dou gloria as luzes que me iluminam, a mulher,
aquela que me mostrou o caminho que perdi,
de volta as orações que lembram minha infância
que agasalha as almas do frio dos dias,
do sim para minha vida e para minha felicidade.
08/07/2011