Deito a poesia entre os dentes,
Ela espreguiça!
Enquanto reparo
E amparo saliva
Aconchego céu da boca
Em úmidas paredes
Que gritam letras!
Loucas por sair...
Mordendo línguas
Morrendo às mínguas
De não ser!
Mas há de haver
Instante distraído [sempre há]
Vãos livres de lábios
Não mais inibidos
Recitando enfim:
Amo você!