Por amor
 
Um galho seco caído na passagem
Um toque bruto repetido mais que devia
E a certeza que é chegada a hora da hora
Momento de retomada de posições
Hora de retomar o tempo do sol
Ainda que seja um tanto sombrio
Mesmo que seja muito chuvoso
Ainda que seja de frio intenso
Que seja amedrontador como jamais
Tempo de voltar para a realidade
Espaço para ser ocupado pelo desconhecido
Solidão repleta de acontecimentos inesperados
Assustadora rotina, companheira inseparável
Pequenos e grandes abalos quase amigáveis
Quase tornar-se amante de expectativas
Quase... O senso não deixa, se nega e renega
Impede o enlace entre o humano e o cruel
Não é que se aprende a tomar fel em taças?
Não é o fim do caminho e nem o início
É apenas uma estrada que precisa ser percorrida
Nunca às pressas, jamais corrida sem tento
Apenas uma estrada, um curso a seguir em paz
Uma paz muito às avessas, mas com amor, só por amor