Esfinge

Tu gravas em mim faces passageiras

Esculpida em meu rosto como as dunas na areia

Feições que mudam com o nascer do sol

Com a força do teu olhar, desenhas esboços

Rasuras manchadas com lágrimas

Onde dor e solidão

Viram obra de arte

Molda minha rotina

Do jeito que quiser

E como boneco de réplica

Sou feito, criado

Para seu bel prazer

Assim me mantém

Como sombra da esfinge

Que gira conforme o sol

E permaneço ali, como pedra

Resistente aos teus devaneios

Com um coração latente

Num bater sem ruído

Sem ser ouvido

Porém, bate....bate...

Por você.

Luis Roggia
Enviado por Luis Roggia em 07/07/2011
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