Falemos pois com frontalidade, de um certo quê, de Eternidade…

Dessa perigosa dicotomia

Dessa perturbadora perturbação

Da mão que afaga um rosto

Ser capaz de ser a mesma

Que espeta uma faca no coração…

De um amor que se deseja, mas que nunca chega a acontecer

Porque enquanto aspiramos pelo prazer

Tememos que o jogo se volte contra nós

E em vez de dar o tal prazer

Faça doer…

Púnhamos no papel, púnhamos na oralidade, coloquemos na rua

Aquilo que nos consome

Aquilo que nos perturba

Que nos rouba a eternidade

Porque se é legitimo amar

Porque cruel medo do ridículo

Não o havemos de mostrar?

Porque temos de colocar máscaras

De seguirmos até à náusea

O politicamente correcto

Porque sou obrigado a disfarçar que quero distância de Ti

Quando te amo

Quando na realidade

Te quero bem perto…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 07/07/2011
Código do texto: T3080250
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.