ALMAS PERDIDAS
Minh’alma vagueia solitária no paraíso,
atrás da sua que partiu sem me avisar.
Não deu sequer importância, mas preciso
da sua, para que ambos possamos voltar.
Sem o raro brilho que emana das estrelas,
o firmamento não é mais do que escuridão.
Diga-me, o que devo fazer se não posso vê-la,
a não ser correr, sem saber em qual direção.
Presumo, então, que já se faz tardia à hora,
e meu destino é seguir sem ter onde aportar.
Junto com o meu sentimento que vai embora,
como um barco, perdido a deriva, pelo mar.