Assinado: Amor
Te fiz um amor sobranceiro ao ponto de esquecer as regras
É amor! o pintor só é bom depois que morre,que dó então
Se eu te jurar ignorar meu sentimento de que vale o amor?
Já conheci muita gente, já tive tantas paixões...
Agora você me vem com essa de eu estar na sua mão.
É tão linda a dor de olhar pro horizonte esse olhar vago e
longe.
O maior erro foi a enfunação baseando-se na aparência.
Mas fazer o que se ao te olhar assim agitada, minhas mãos,
Meus olhos e todo esse conjunto bruto do meu eu só sabe
Te ver, e te querer e
te querer...
O amor, esse sentimento que predispõe alguém a desejar o
bem.
Queria eu poder cobrar pelo sentimento que direciono;
Seria mais fácil, sem contar que não seria em vão caso
Fosse mal correspondido. Ninguém indeniza um coração em
chamas.
Evitar meu sentimento se compara a engolida de um café
fervendo
Na pressa da manha corrida, senti sim o gosto bom, mas ficou
também
Aquele sapecado na garganta como referencia da pressa de
tomar.
O amor não tem intelecto e nem grana, é um fuleiro profano e
quebrado.
Mas a meia luz faz o coração bater, a garganta secar e tudo
fica igual ou
Dividido como na matemática, e o resultado é o de
sempre. Eu sem
Você fica zero, zero esquerda vadiando pelo centro vazio de
qualquer
Lugar, lugar nenhum.
Acabo os versos com o coração confuso, mais cheio de alguma
coisa
Que me deixa assustada , porem se estivesse com a ausência
do que
Sinto, mesmo que confuso seria mais um dia esperando por alguma coisa.
Muitos quadros são reconhecidos só depois do pintor
inexpressivo;
Porem fica sua obra, é melhor ser lembrado do que nunca ter
sido visto amor.
Leia minha cartinha como as palavras de alguém que vive, que
ama.
Tem até algo de miquelino, tal como seu sarro me tirava um
riso.
Até uma riminha chula ao final, do jeito que você gosta.
E no desfecho fica
assinado pelos rabiscos do meu silencio de amor.
Assinado meu desejo, minha paixão com um pouquinho de dor.
Por Yve.