As três Julietas da poesia

As três Julietas da poesia

I

Minha poetisa é como o sol terno;

Do meu amor, que a donzela me enflora...

Beijo-te às vezes como o fado eterno...

Vem banhar-me a paixão, ó sol materno!

Vós seduzíeis-me o logro, que o sol chora

Meu beijo é como a vaga sedutora...

Nos lauréis a mulher, os meus abraços;

Lancei-me os teus seios nos fortes laços.

II

Minha poetisa é como o sol quente...

Borrifa-me a mudez, como era a vaga

No calor da paixão, ó meu presente!

Do teu cinzento, pois ao sol ardente.

Beijei-te a língua... Eras a doce plaga!

Mas o desejo... Que, ao sol não apaga.

Lambei-me os cheiros nos lábios fogosos!...

Beijai-me os lábios nos olhos ditosos...

III

Minha poetisa é como o meu peito...

Sobre o leito de amor, minha princesa!

Nos corpos nus, ó meu lado perfeito!...

Senti-te o beijo no pescoço, em leito!

Aos dois amores, eis-me a cama acesa!

Meu coração é como a paixão presa...

Nas flores do carinho, eis-me a paixão!

Ó meus amores!... Ó minha perdão!...

Autor:Lucas Munhoz

(Para Marleninha, Desireé e doce Lily... Meus doces amores)

*Direitos Autorais Reservados