Eu, você e o silêncio ... nossa música

Sentado, mente aos teus carinhos

Prevendo saudades, sempre que eu pensar que não estamos

Como se preso numa ilha, e teu mar fosse meu caminho

Toda a tua vida, todo o teu “eu”

Valsar, balsar … e quando a tarde não for mais loura

Ainda assim precisar de ti

Na falta de algo, estás sempre aqui

E é algo que, das poucas coisas boas, é sempre e sempre bom

Nosso beijo calado

Entusiasmado e preciso, cantante e perfeito

Sempre é aquela melodia de “viver tão bem”

Quando não acredito, você me laça em amor

E, amor … eu acredito

Toda vez que me escuto pensando em como te abraçar

“Quanta maldade estar assim, e assim ficar”

Porque vale mais ao teu lado o que seja

Do que jamais valeu algo que me esboçasse sorriso

Teu desenho sobre a cama montada

E teu espaço que está sempre à espera

Ao lado, perto … e dentro

Tão dentro, como nossos corpos conjuntos

Seria, tão básico que é, o máximo do conforto

Comutar meus dias ao nosso gosto

Vou transcrevendo o que sinto

Te indagando se naquele minuto ainda gostas de mim

Pois me indago e me respondo

Cada vez mais certo, decidido

Te conhecer foi meio susto

Admito, louco, que, com medo, demasiei cuidado

Mas agora, disposto a eternidade contigo

Movo uma vida que eu levava

À um calar de dor que eu tinha

E moro mais amante, vivo mais terno

Comando a sempre intacta necessidade de ti

Minha idade mais linda, minha era mais doce

Meu tudo em um.

Daniel Sena Pires – Eu, você e o silêncio … nossa música (06/07/2011)