Melancolia
Reza a lenda,
Que entre a cruz e a espada
Nascia ao crepúsculo um verso,
Um cheiro de mar, lamparinas
Anunciando o poetar!
Alçando-me aos ventos,
Me deixo guiar por este devaneio
Concebido por aquelas pétalas
Pousadas sobre a seda marfim,
Vislumbre de um sorrir sublimado pelo orar!
Com o olhar marejado,
A noite caminha desenhando a bailarina,
Desvendando em melancolia
Mistérios, silêncios, lúdicos pensamentos
Pairando pel’alma em jasmim carmim!
Ouvindo o pulsar das estrelas
Sinto a tua palavra mariolando
Junto às partituras, aos pingentes que brotam
Pelos preitos da nuvem trazendo a lua,
Os velos das folhas que fazem a estação!
Em apelos nostálgicos
Busco embriagar meu sentimento,
Na pureza de cada resposta
Dada pelo quiçá de uma gota cheia de saudade
Cunhando pelo universo
Sempre um canto de esperança!
Auber Fioravante Júnior
02/07/2011
Porto Alegre - RS