Ninho...
Ninho...
0 "cata-vento" da fazenda
Um dia me ensinou
Que mesmo sem o vento
A vida continua a girar...
Numa manhã de setembro
Das flores colhidas
Fiz um lindo buquê,
Levava para a namorada
Num bangalô de sapê.
Aos pés desse grande "papa-vento"
Deitei na grama macia
E nas suas hélices
Viajou a minha mente,
Adormeci sem querer
O prazer fez questão
De me esquecer,
E quando acordei
A brisa suave
Mantinha as flores
Do mesmo jeito
Que no amor desejei.
À tarde se pronunciava
Olhei para aquele "ventilador"
E agradeci a sorte
De telo como companheiro.
Lucimar aflita me esperava
As flores estavam maravilhosas,
Quando a minha presença
Levou um ar perfumado,
Trouxe para a roda da vida
Um beijo encantado,
E o meu sentimento de apaixonado.
Como gira...
Gira o mundo,
Nas paletas
Do meu "rodamoinho".
Condor Azul.