Quando Eu Soube de Ti
Quando eu soube de ti,
meus olhos te decifraram
na enferma claridade do ocaso.
Tinhas nas mãos um tear de luzes
e os girassóis te perseguiam.
Deixaste impresso nos meus olhos
um lampejo de manhã
no esboço de um sorriso
e as violetas esquecidas,
outra vez, refloresceram.
Quando eu soube de ti,
o sino, tingido de arrebol,
timbrou teu nome
com sílabas de bronze
e o jacarandá do parque
chorou pétalas de céu
no trajeto inaugural...
Ah, revelação cruel:
eu pensava que era vida
a existência antes de ti!