ESCREVER SOBRE AMOR, DOR, FELICIDADE
Lendo os escritos por vários poetas, aqui no recanto,
Não posso abster-me de fazer o mesmo: escrever.
Leio a dor da perda.
O sofrimento, todo ele, refere-se a perda.
Perda do amor que se foi,
Do amado que partiu,
Da injustiça humana,
Da saudade corroente...
Leio também,
A felicidade existente,
No olhar correspondido,
No amor,
Verdadeiramente, penso, existente.
Sinto imensamente,
Os gritos da alma,
Também escrevente.
Que diz tanto e,
Quem reporta,
Não consegue-se transportar,
Ao futuro,
À dias melhores,
A sorte inexistente,
Ao trabalho diário,
Isto sim,
É a felicidade existente.
Assim com eu,
Canto as dores alheias,
Digo das mazelas criadas,
Dos amores inacabados e,
Às vezes, me espelho em,
Como amo, aprendiz.
Como desejo-lhe, latente.
Como durmo, ao seu lado.
A impertinente querência,
Do amor não correspondido,
Do sorriso lindo, passando,
E, oh dor,
Não é para mim...
O olhar,
De você mulher, mais linda(?)
Assim eu a vejo.
Na fome inacabada, do mundo
Na falta que a chuva faz, no nordeste
Da casa,
Quase caindo, na cidade... No agreste.
Bom não sou, mas,
Sou feliz.
Tenho vocês tão perto.
A dizer-me das palavras minhas,
O que quero das suas escutar.