Ciume doentio

O vento soprava

Crepitante

Estridente

Impelindo a embarcação

Que me conduzia

Célere

Por sobre as ondas esverdeadas

Rumo ao continente.

Mas, mesmo antes da atracação, lá no cais já aportavam os meus pensamentos...

Que vivenciavam prazerosos momentos com a musa que, pacientemente, me esperava

Ao real desembarque, que a vi com os cabelos esvoaçados

Incontrolável ira me veio a lume!

Embora aquilo fosse mero bafejo duma inofensiva ação eólica

Recebi como uma ultrajante pirraça

E - sem motivo algum para achar graça - quase morro de ciúme.

Valmari Nogueira
Enviado por Valmari Nogueira em 04/07/2011
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