Ciume doentio
O vento soprava
Crepitante
Estridente
Impelindo a embarcação
Que me conduzia
Célere
Por sobre as ondas esverdeadas
Rumo ao continente.
Mas, mesmo antes da atracação, lá no cais já aportavam os meus pensamentos...
Que vivenciavam prazerosos momentos com a musa que, pacientemente, me esperava
Ao real desembarque, que a vi com os cabelos esvoaçados
Incontrolável ira me veio a lume!
Embora aquilo fosse mero bafejo duma inofensiva ação eólica
Recebi como uma ultrajante pirraça
E - sem motivo algum para achar graça - quase morro de ciúme.