Relicário

Guardei como relíquias os dias
Que passei contigo
E cada poesia em que caíram
Minhas tristes lágrimas

E os sonhos daquelas primaveras
A flor tão seca que com amor me dera
Ficaram marcando as páginas

E nas noites frias do impiedoso inverno
Tua ingratidão me fere
Como se fora inferno
Geada em pleno agreste
Cheios de espinhos
Ficaram meus versos.

E por Deus jurei calar meu peito
Mas penitente, ele não se cala.

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 03/07/2011
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