Cerveja X Vinho

Um cálice de vinho celebra a vida

E ultrapassa a morte pela embriaguez!

Somos dois num só nessa taça erguida

E se juntarmos Baco então somos três.

Bebendo mais um cálice somos tetra:

eu, tu e o vinho, talvez mais o Baco;

o terceiro aquece e o quarto não peca!

Pra ti fica sempre o melhor gole...

Com um cálice de vinho não há morte

porque aqui as marquesas perdem a frescura

- teu odor de cerveja me atrai

e junta meu néctar à teu levedo.

Ofereces-me o leito, a espuma e a lua

na dança que seguimos da concertina;

a noite é felina, e tu estas aqui,

e é fina a canção que nos ilumina...

Mais vinho no cálice faz arder a alma;

despe já as parras que estorvam a palma

- Não pares, amor, chupa o mel da colmeia

até que o sangue sorva a Lua cheia...

Com mais vinho no copo fico louca

e haverá mais frenesi e loucura;

é mel lambido na boca cheirando a uvas

na forma de bolinho, creme ou pudim...

Ai, amor, que tens a boca sem manhas

que exalas o aroma mais fresco do mundo

que deixas a luta entre o vinho e a cerveja

sem perdedores...e sim

com dois vencedores.

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 02/07/2011
Código do texto: T3071115