Canto...

Em um canto da minha existência,

corre lágrima desassossegada,

vertida pelo medo da tua ausência,

da minha própria alma abnegada.

Pouco se tem para entender,

pois que a vida, pretensiosa, mudou

o caminho escolhido por este ser

e muitos dos seus sonhos subjugou.

Tão perto me vejo do teu coração,

cuja força e matéria transcendem a ânsia,

labirinto construído pelo tempo,

incessante saga do presente momento

em que nos vemos presos e à distância

de um futuro certo, imersos em solidão.