No Amor d’ Ela
Os meus olhos não cegarão
Onde infinitos que hão de ver
O fulgor d’ estrelas,
Nos caminhos que percorrer
As almas brancas de astros,
A lua virgem das paixões,
Nos casulos que deitam corpos,
Onde estendem os corações...
Os meus olhos não cegarão,
Serão ledores de sul e norte,
Dos dois lados do mar,
Criaturas que beijam a sorte
Onde o amor é juventude,
Para que o tempo não mude
Ou velas queimem primeiro...
Os meus olhos não cegarão,
No amor d’ Ela não cegarão,
Nas gavetas amontoadas
Cheirando flores que imitam
Um jardim cheio de cor...
No amor d’ Ela não cegarão,
Infinitos os meus olhos serão
Na existência de seu amor...
(Poeta Dolandmay)