A flor morta de Gabriela
Perdi o medo
O olho que via como ontem
Perdi a pele que sentia o passado
Arranquei o nariz que cheirava o aroma da infância
E de novo estou vivo
O tempo perdido
Reaparece
Nada mudou
Somente eu mudei
A vida é imensa
Infinita do tamanho do céu
Da noite
Do mar
Da minha saudade de Estela
A cada flor vem a cor
O penumbra que cerca
O vontade crescer
E ser bela
Ser vista
Como Gabriela.
Que longe do jardim
Canta uma cantiga do passado
Seduzindo cada homem que quer morrer.