SÓ POR TI

O que parecia ser

Apenas um cão vira-latas

Latindo para quem se aproximasse

Do seu companheiro morto

Era eu que chorava

A tua partida tempestuosa...

O teu corpo não estava mais lá

Mas eu fiquei aqui – animal desesperado –

Sofrendo a solidão inevitável...

A falta da tua companhia

Que fazia a minha mente sadia

Brilhar um pouco mais...

Era só por ti

Porque eu convivo bem comigo

Mas detesto estar só

Detesto não ter o teu corpo

Para comigo partilhar o amor

Que no meu transborda...

Feito naufrago desesperançado

Que se agarra a qualquer objeto

Eu sobrevivi – mas a minh’alma

Afogou-se no pranto que eu derramei sem ti...

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30.06.11

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 30/06/2011
Código do texto: T3067159
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