AMOR ITINERANTE
Trazido pela brisa que vem suave,
Ele procura corações apaixonados,
Que buscam o amor e não encontram,
Pois seus destinos ainda indefinidos,
Não sabem a maneira como o achar,
Mesmo que dê todas as insinuações.
Diz que precisam ter Almas bonitas,
Impregnadas só de boas intenções,
Pois por ser a mais pura das verdades,
Não pode tolerar maus temperamentos,
Que acontecem em bobas divergências,
E aí rompem com a maior das criações.
Instala-se em corações puros e belos,
Que numa troca de olhares se apaixonam,
E reciprocidades vão surgindo aos poucos,
Como delirantes trocas de afetividades,
Enlaçadas por abraços sutis e carinhosos,
Que se encerram com beijos tão apaixonados.
Se por acaso surgirem algumas transgressões,
Como trocas de insultos ou ofensas graves,
O amor em lágrimas afasta-se decepcionado,
Pois julgava ali ter todos os ingredientes,
Como flores perfumadas para os brindar,
E depois mostrar-lhes a lua toda iluminada.
Afasta-se como um vento em redemoinhos,
E depois lá longe se acalma das tormentas,
Voltando novamente à ser uma brisa calma,
Para iniciar até triste uma outra peregrinação,
Pois itinerante só se instala definitivamente,
Em quem se ama sem rancor e nem discórdias.
30-06-2011