GOTAS DE MIM
Gotas de silêncio temperadas com amor...
Deixo sair de mim, toda a poesia profunda
Que amarga o fel da alma
Embala na água do vaso
A planta que está morta
Eu, abro todas as portas
Cobertas de escuridão
Vacilantes da noite diurna
Seguem sem sentir
Ouvem o que não podem
E, nesta difícil escuta, adormecem
Sou o sossego da tu’alma
O verso perdido da poesia falecida
Da minha parte fico solícita
Esperando amanhecer no teu quintal
Jogando pedras ao vento
E estrelas ao tempo
Fico aqui... sorrindo para a estrada
Aguardando o teu amor!!!
Venhas quando quiseres
O silêncio te embala
Na rede do alvorecer, enfeitado de rosas.
Júlia Rocha 30/06/2011