OS DIAS E A SOLIDÃO
A tua ausência, Maria,
é um espinho em minha alma.
Tento dormir, mas o incômodo
lança meus sentidos
para o teu lado.
Penso em quando,
em como,
em se...
Tantas possibilidades de
te ter aqui, mas
o mundo te chamou
e foste seguir tua história.
Só me resta não dormir
e, de vez em quando e miudamente,
chorar.
A tua ausência, Maria,
fere meu cotidiano,
pois tenho a ti como o sol
que ilumina a monotonia
de meus dias,
e as tuas palavras me acalmam
com o som de harpa de tua voz,
a cantar sílabas perfeitamente.
Não sei se é a distância,
mas cada vez mais te tornas
figura mítica,
deusa lídima,
anjo pleno de luz.
És meu sonho,
mas o que eu quero mesmo
é teu corpo de mulher,
no meio de meus lençóis.