TU ÉS MEU SOL
TU ÉS MEU SOL
Nas brumas da solitude
quando chimarreio solito,
embora não sinta, escaldante,
na derme enrugada, sua força;
o clarivísio do sol do amor
feito fogo de chão n’alma
neste frio inverno da idade
aquece o coração congelado
na andança por mares sagrados
quando não deu voz à razão.
Mas veio clarear meus passos
este sol bendito, que és tu,
brilhar na redoma da alma
e aquece tanto, tanto, tanto
não somente o corpo
mas meu frio coração peralta
que fez de ti sua razão.
Teu sol, de cupidos e dardos
reacende os fogos já idos
com suas labaredas/fagulhas
faz brasas de apagadas hulhas,
que erguem borbulhas de ilusão.
Afonso Martini
28/06/11