Sepulcro

Dar-te-ia todos os dias meus
E cada sorriso.
Cada amanhecer seria
Apenas seu

E cada odor de primavera
E a vela estendida ao vento
Trazer-me-ia sempre ao
Ao verde- mar de seus olhos alvos

E eu serpentearia em seu corpo atrevida
Como se fora rio que desce a montanha
Morrendo aos seus pés
Como adoração aos santos
Em preces, em prantos
Seria teu acalanto e tua festa
Mas não me quiseste

Não me ofereceste flores
Nem afagos em meus cabelos
Nem frescor que acalmasse esse fogo
Nada me destes além da recusa

Do imenso amor que lhe tinha
Que nesta página sepulto.

Cristhina Rangel.




Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 27/06/2011
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