Canção – De Poemas esparsos

A esta hora da noite

Não há lugar que me abrigue.

Os fios foram cortados,

E o telefone de estrelas

Repousa na cabeceira

Do horizonte em que me deito.

A chuva molha-me ao longe,

Enquanto enxugo as idéias,

Sinto que o frio me segue,

Escrevendo em minha pele

Palavras arrepiadas…

A esta hora da noite

Só mesmo a pressa do nada,

Brincando de eternidade.

-PAULO BONFIM-

Zorro Poeta
Enviado por Zorro Poeta em 26/06/2011
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