Alameda dos sonhos
É a deliciosa sensação
De não mais me pertencer
Que transforma ciência em poesia
E me dá a terna garantia
De que o mundo nada mais seja
Do que uma roda gigante
Girando construtiva e temática
Me levando para cima
E trazendo de volta
Num foguete original
Ao ar livre
Como uma promessa de nuvem
Ou uma cama elástica!
É a tendenciosa tentação
De que o chão não mais exista
É que faz com que a vida seja motriz
E que o giro real resista!!!
Agora meu coração é uma nave
Que sabe o sopro oportuno
Que o espaço merece.
Continuo não me pertencendo
E o meu coração bate em outro peito
É o melhor jeito
De mover a Alma
Feito um brinquedo ou uma prece...
A noite passa
A nave voa
A roda gigante gira
Tudo entoa uma canção lúdica
E eu continuo atravessando nuvens
Contando para quem acredita
Que a via da felicidade é pública!