Amanhecer
Na noite mais negra e mórbida
Você vem como um vento sem rumo
Forte e arrebatadora, feroz e inquieta
Me domina e me deita na cama
E me beija como uma vampira faminta por sangue
Cheios de idéias perversas nos aliamos
Selamos um pacto de sangue com nossos beijos
Teu sangue tem um gosto tão doce e embriagante
Que eu me perco, deliro e viajo no desejo
De ter teu sexo tão desvirginado outrora por outros
Mais tão virgem para os prazeres do puro amor
Que saboreio de todos os cantos do teu corpo
Sem pudor, tão ferozmente como um selvagem
Gemidos incessantes, dizeres impróprios
Juras de amor espirituais e materiais
A cama fez-se ninho e morada do amor selado
Com o que existe de mais sagrado e profano
E o sexo foi abençoado pelos anjos e demônios
Agora o sol já esta nascendo, para queimar nossos corpos
Que antes eram iluminados pela lua dos amantes
Mais não importa, se nosso amor é luz na escuridão
Será tambem trevas ao amanhecer.