Amanhecer

Na noite mais negra e mórbida

Você vem como um vento sem rumo

Forte e arrebatadora, feroz e inquieta

Me domina e me deita na cama

E me beija como uma vampira faminta por sangue

Cheios de idéias perversas nos aliamos

Selamos um pacto de sangue com nossos beijos

Teu sangue tem um gosto tão doce e embriagante

Que eu me perco, deliro e viajo no desejo

De ter teu sexo tão desvirginado outrora por outros

Mais tão virgem para os prazeres do puro amor

Que saboreio de todos os cantos do teu corpo

Sem pudor, tão ferozmente como um selvagem

Gemidos incessantes, dizeres impróprios

Juras de amor espirituais e materiais

A cama fez-se ninho e morada do amor selado

Com o que existe de mais sagrado e profano

E o sexo foi abençoado pelos anjos e demônios

Agora o sol já esta nascendo, para queimar nossos corpos

Que antes eram iluminados pela lua dos amantes

Mais não importa, se nosso amor é luz na escuridão

Será tambem trevas ao amanhecer.

Anderson Gomes dos Santos
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 25/06/2011
Reeditado em 01/07/2011
Código do texto: T3056705