Não são minhas estas mãos
Nem cabelos
Nem pele, peitos, ancas
Que agora tens em teu colo
Nada sou eu!
Nada lembra a mim!
Sou desejo de fim
Onde começas outras
E outras tantas histórias
E já nem te cabem mais
Inebriantes perfumes
Tão diferentes do meu
Mas o homem que és
Persiste! Insiste!
Até que entendas
Que os olhos do gozo
Estão míopes
E febris!
Pois que depois do prazer
O amor que procuras... O teu!
Nunca esteve pulsando
Num corpo que não foi meu!