O AMOR CHEGA DE MANSINHO

Como uma breve brisa que se aproxima,

Assim é o amor buscando seus espaços,

Procurando corações que querem amar,

Sem alardes e num aproximar gostoso,

Irreverente até que depois se consolida.

Não quer aventureiros para parcerias,

Mas sim corações puros como crianças,

Pois amar é a mais sublime das virtudes,

Exigindo cautelas para não desmoronar,

Com brutalidades que magoam e ferem.

Uma vez instalado procura as emoções,

Instigando os corações para os desejos,

Como um olhar apaixonado que diz tudo,

Pois dele emana um aproximar de corpos,

Que saciam em beijos suas adrenalinas.

Depois buscam ver todas as maravilhas,

Como uma linda flor se espreguiçando,

E suas pétalas macias vão se abrindo,

E os perfumes espalham seus odores,

E os amantes buscam então se acariciar.

Notam a aurora vir surgindo radiante,

Despertando vidas que adormeciam,

E o sol inicia toda sua peregrinação,

Até trazer a chuva tão benevolente,

Que sacia as plantas e lhes dá vigor.

Abraçadinhos buscam o entardecer,

Pois sabem que o sol pincela as nuvens,

Com todas as cores num horizonte lindo,

Até que a noite vem chegando devagar,

E as estrelas começam então a piscar.

É o começo das magias que irão surgir,

Pois o silêncio denuncia um espetáculo,

Que aos poucos mostra seus encantos,

Uma lua tão bonita convidando para amar,

E quem à vê ama então em plenitudes.

24-06-2011