Quantas lagrimas derramei...
Lágrimas pela incompreensão sentida...
Pelo meu céu que escureceu de repente...
Pela dor imensurável da definitiva partida,
Pela palavra imerecida, ouvida bruscamente...
Lágrimas não vistas em meus olhos,
Rolando pela garganta, pelo coração, pelo peito...
Escondidas na face, alagando minha alma
Por um lindo sonho desfeito...
Lágrimas pelo perdão não dado ou não aceito,
Pelo irmão que sofre, pelo pai que se foi...
Lágrimas pelo tempo perdido, pela esperança desfeita,
Pelos inúmeros sonhos que deixei para depois...
Lágrimas que temei em esconder,
Que disfarcei, menti, dissimulei, fingi, sorri.
Lágrimas de saudade... quantas derramei!
Lágrimas lavando meu rosto pelo que não vivi...
Lágrimas pela impotência diante da dor,
Sufocando meus gritos de revolta...
Lágrimas, quantas por um amor...
Derramadas na noite, que ninguém nota...
Lágrimas de emoção, gratidão, felicidade,
Lindas, profundas, de rara beleza,
Rolando entre sorrisos e abraços...
Traduzindo palavras, que se dizer deseja ...
Lágrimas... quantas já derramei...
Não importa.. a verdade é que senti a vida
Vibrando em cada poro, cada veia, cada célula
Joguei, briguei, lutei, perdi, venci... amei!
Mary Trujillo