TEU CHEIRO

Onde eu moro

ainda mora

o teu cheiro

da partida.

À porta,

quando saio,

ele se detém

por ordem

do último abraço.

Nenhuma porta

quer se abrir

por temer

o vento

que se aninhou

cúmplice no corredor.

Deverias buscá-lo

nas calmarias

dos outonos.

Invernos são

soturnos.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 24/06/2011
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