TEU CHEIRO
Onde eu moro
ainda mora
o teu cheiro
da partida.
À porta,
quando saio,
ele se detém
por ordem
do último abraço.
Nenhuma porta
quer se abrir
por temer
o vento
que se aninhou
cúmplice no corredor.
Deverias buscá-lo
nas calmarias
dos outonos.
Invernos são
soturnos.