Fim
Tão somente fim, não sei se
De caso, da vida... ou de mim...
Sonhos tantos, jogados ao léu,
Peito atingido por um estopim...
Lágrimas, só as lágrimas
Podem traduzir a dor infinda.
O vazio, é um cruel gigante,
Cutucando a dolorida ferida...
As belas frases, o aconchego,
São agora, apenas lembranças.
Contradições que chicoteiam
Meu coração bobo... criança...
Fim de sonho, fim da esperança...
A palavra não poderá ser apagada.
Nunca mais minhas mãos nas suas...
Só passos se perdendo na estrada...
Fim meu amor, é o fim, nosso fim.
Mas minha voz falará no silêncio....
Na sua fria e mal dormida noite, do
Nosso amor e terno envolvimento...
No corpo levo mil estilhaços...
Olhar baço, anuviado, perdido...
Por pouco, quase nada, nada...
Perdemos o sonho, o paraíso...
Adeus amor meu, estou indo...
Voltando nas minhas pegadas...
Deixo de presente meu coração,
Para suas solitárias madrugadas.