SAMBA DO CORAÇÃO DELIRANTE

Tanto se fez, e agora isso
Tanto se disse, sem compromisso
Mas o coração não se engana, não
Quando a dor doer será porque
Tudo que tinha era preciso
Mesmo que fosse só um resquício
O coração se vicia, mesmo no precipício
Quando tem que querer
Engole mel e veneno
Mesmo que a vida se esvai
Entre cortes profundos e arranhões
Mesmo que noite perdure, além
O coração, perde a vergonha
E se enrola de novo nas fronhas
Mesmo que o tempo, insista em bater
O coração revive as longas madrugadas
De prazer
Mesmo que a morte amanheça
E que leve o corpo da cama
O coração
Espera.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 23/06/2011
Código do texto: T3053387
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