AH...ESSE DESTILADO AMOR !


Seus passos regressavam inevitáveis

a seu memorável passado,

e se tormava impossível entender

o retrocesso

desse seu voo rasante em direçaõ

ao anteriori de nós dois.


Tentavam meus neurônios resistir

a essa perspectiva,

onde sempre havia algo que me

intrigava,

porque sua alegria sempre se

lastreava em

deixar-me combalido em múltiplas

culpas,

apenas porque meus olhos dela se

desviavam.


Hum...agora a sereia canta...

e o pássaro

ressurge mostrando o que

nenhuma máscara pode

esconder,

porque a verdade não se oculta

em velhas roupagens.


Então...sinto umas asas passarem

rente...

e esse frio que paira no ar como

arquétipos

mal explicados... de um tempo

de desastres.

E se digo que sou feliz...ela me

olha de revez,

porque sua mente apenas pensa

num talvez,

pois nem sabemos se haverá um

dia um outra vez.


Seus lábios molham os meus ..mas

não me convencem,

porque neles se destilam sabores

antes marcantes.


Percebo entao...que algo se alterou...

porque os beijos

nao são mais os mesmos.

Não há mais calor...e a paixão foi dar

umas voltas,

porque está hoje tão ausente como

sol detrás de nuvens.


Pode~se então saber que nosso amor

destilou.

E que de pequenas gotas...agora é feito

o nosso amor...


Ah...esse deslilado amor !

Gota a gota...do que antes foi corredeira

de um amor sem fim...


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Autor : Cássio Seagull - 23-06-11 - SP

cseagull2@hotmail.com

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