Duas metades

Resolvi falar de sentimento,

Sentimento que me entranha a pele,

Ao sentir a tua na minha,

Sentimento que se torna carne

E carnalmente me devora

Me tonteia, me dilacera pela tua ausência.

Ocupa espaços em mim.

Sentimento de tão intenso e puro,

que ao olhar me no espelho

Estranho: este sou eu?

Inteiro, desejo este outro que me olha

Que me observa com fundura.

Reconhece os meus desejos.

Este olhar reflui todo movimento do que sinto.

E sinto um estranhamento.

Sinto...sinto...sinto saudade.

Este sentimento, este. Indefinível.

Se cala para ouvir...mas, as ausências não falam.

Apenas faltam...

Fellipe de Sousa
Enviado por Fellipe de Sousa em 23/06/2011
Reeditado em 24/03/2012
Código do texto: T3051716
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