Traços de uma suposta Reflexão…
Era suposto dizer o que se pensa
E um copo ajuda sempre
A uma eventual conversão
Do que é politicamente correcto
Para o que não é
Violando assim qualquer tipo de convenção…
Um copo e um cigarro
Ou a verdade camuflada
De te amar
Mas de francamente
Não saber
Se realmente te quero a meu lado…
Repetindo um velho vício
Um velho pecado
De ao ouvir aquela nossa música
Ceder de todo
Trocar o prazer pela dor
Te dizer que te amo
Me sentir particularmente estúpido
Depois desta confissão conhecida
Sentir tudo mais confuso do que dantes
Sentir tudo algo baralhado…
Sem saber se terminei algo
Ou se estou algo a começar
Ou recomeçar
Caindo nos conhecidos caminhos
Que jurei evitar
Os velhos caminhos
Por onde costumas andar…
Indo para o passado
Em vez de para o futuro
Fazendo um recuo
Em vez de um avanço
Uma espécie de inflexão
Que se resume a umas linhas fora de horas
Demasiado ébrias para se poderem entender
Aquilo que a psicologia chama à força
De “acto falhado”
Uma intenção perdida
A que dei o nome de…
Traços de uma suposta Reflexão…