TEU REI
Há tempos venho planejando uma invasão em teus territórios
Onde não terei por irrisórios nenhum dos procederes dominadores
Com arsenais de ardores transformarei tuas células em refeitórios
Dando-te à fome de ímpetos nada simplórios e saqueando teus licores!
Eu quero ser monarca nas estradas corporais de tua fantasia
Quero banquetear em demasia nas festas de nossa cumplicidade
Erguer o cetro de tua insanidade, reinar com vitaliciedade em tua ousadia
E desfrutar de plena soberania na sintonia de nossa intimidade!
Terias tu a sujeição absoluta declarada e rendida por teu sultão?
A ele entregarias os alqueires de teu coração e as dimensões de tua vida?
Doarias tua alma voluntariamente rendida aos pés dessa paixão?
E como súdita de inaudita emoção, sem subversão e rebeldia?
Estou disposto a estabelecer um império de prazer em ti
E quero ouvir dos lábios teus se em tua plenitude reinarei
Será que teu senhor serei? Será que teu delírio há de me servir?
Será que finalmente poderei de ti ouvir que sou teu Rei?
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor