Adeus inocência

Sob as cortinhas, clareia seu rosto

O raio de sol que passa na renda

Já é inverno.

Do frio, me protege, seu calor

Te vejo mais claro agora, mais belo, mais calmo, comigo.

Sensível àquela que passou

que ardemos em brasa por dentro

E de dentro brotou o prazer

Que deixamos levar no momento

nunca acaba, não quero que acabe.

De dois se faz um,

No instante onde sabe o que quer

sabe o que dar

Encaixe suave no corpo

dos olhos quer me levar

Já sabe o quero

E descubro o que quer encontrar

Tenho sentido vontade, maldade, saudade, curiosidade, velocidade, falta de dignidade, mistura de felicidade com o "quê" de crueldade, da sua brutalidade.

Tenta, mas não segura, parece candura, tua cura, mas a minha moldura te leva á loucura, vejo a sua doçura, brandura sob a cercadura da tua bravura, que por fim me tira a ternura .

Drika Castro
Enviado por Drika Castro em 22/06/2011
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