Adeus inocência
Sob as cortinhas, clareia seu rosto
O raio de sol que passa na renda
Já é inverno.
Do frio, me protege, seu calor
Te vejo mais claro agora, mais belo, mais calmo, comigo.
Sensível àquela que passou
que ardemos em brasa por dentro
E de dentro brotou o prazer
Que deixamos levar no momento
nunca acaba, não quero que acabe.
De dois se faz um,
No instante onde sabe o que quer
sabe o que dar
Encaixe suave no corpo
dos olhos quer me levar
Já sabe o quero
E descubro o que quer encontrar
Tenho sentido vontade, maldade, saudade, curiosidade, velocidade, falta de dignidade, mistura de felicidade com o "quê" de crueldade, da sua brutalidade.
Tenta, mas não segura, parece candura, tua cura, mas a minha moldura te leva á loucura, vejo a sua doçura, brandura sob a cercadura da tua bravura, que por fim me tira a ternura .