Universo em Desencanto
Eis-me aqui como pequena e frágil criatura,
Aquela que tu levastes às alturas,
Mas que depois deixastes esquecida,
A menina que se vulgarizou em mulher-bandida...
Por ti fui além das estrelas para te tocar,
Me permiti as maneiras devassas de amar,
Disfarcei meus medos, expus meus segredos,
Me tornei mais uma a escorregar por teus dedos...
Minha boca beijou a tua de maneira liberta,
Deixei pra ti todas portas e janelas abertas,
Entrou no meu corpo, tocou minha alma virgem,
E deixou-me sem mais porque em plena vertigem...
Estou aqui ainda perdida,
Ainda ousas chamar-me de tua querida...
Meu corpo corrompido e em pranto,
No teu céu os destroços do meu universo em desencanto...