PRISÃO
Aprisionada por seus muitos medos,
encarcerada em sua solidão,
guarda múltiplos segredos
nos desvãos do coração.
Em cada canto intocado
do seu mundo resguardado,
esconde até de si
o que não diz por aí.
É difícil admitir
o que sua alma deseja,
a liberdade que almeja,
e a que tenta resistir.
Como deixar aflorar
a sua ânsia de amar,
se vive uma vida nua,
onde só resta sonhar?
Como pode se livrar
da crua realidade
e da cruel verdade
que vive a rodeá-la?
Aprisionada, espera
que em alguma primavera,
venham, enfim, libertá-la.
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RJ, 21/06/11