Improvisado

Dessa vez meu poema é improvisado,

Mais do que os de antes.

Porque é um poema contraditório.

Escrevia para uma namorada,

Mas eis que no meio me lembrei,

Quando olhei para o ouro em meu dedo:

Que o termo não mais corresponde à verdade.

Agora você é minha noiva.

Que às vezes carrega peso por nós dois,

Quero te aliviar um pouco,

Por isso a massagem.

Tantos detalhes,

Tanto trabalho,

Também te sobrecarregam.

Uma ocasião você disse que o queria conhecer,

Assim cá está Nietzsche para estressados.

Pelo menos os aforismos são dele.

Agora amor, para quando estiver cansada

E eu parecer muito chato;

Dou-te um remédio,

Que te deixe tranqüila e complacente.

A panacéia de todos os males:

Um placebo de chocolate ao leite.

Depois vou te esperar comer

E te olhar sorrir.

Talvez não te diga,

(apesar de estar escrito aqui),

Mas então estarei feliz;

Porque o que te completou e satisfez,

Não foi a doçura dos bombons,

Mas o meio amargo do meu amor.

Divino Carvalho;

Santana de Parnaíba, 11 de junho de 2011.

Poema do dia dos namorados para minha noiva Patrícia.