Lambuzas de prazer
Tá, vou escrever...
Não devia pois sei que não irás ler..
Mas a sensação de te ver ir
Assim, sumindo aos poucos
Me joga de volta às poesias...
Poesias para que?
Claro, para mim próprio, pois você
Sei que passa ao largo da Arte..
Mas a sua presença se impõe
Em minha vida, diariamente
A cada momento, a cada hora...
Os encontros corridos,
Desajeitados às vezes
Mas que resultavam em
Devaneios no paraíso
Criaram em mim um mal costume
de ser feliz..
Que agora luto para não perder..
Mas se fores, que se vá..
Para bem longe..
Pois por mais que a presença suma
Duvido que consigas roubar-me as lembranças
E as lambuzas de prazer...
Não se vá...