AMOR PRISIONEIRO
Implante de teu corpo sou
Suado marcado mapeado pela tua mão
Jamais estive camaleão quando contigo estou
Sou a chance que me foi dada à fuga diante da prisão
Não quero a mata
Quero continuar preso
Dentro deste cárcere não há data
Dentro dele meu tempo não tem peso
Vejo teu corpo por dentro como nem tu percebes
Terra do leite e do mel
Em tua boca brota a água do Horebe
Em sonho ou em morte és meu caminho meu céu
A minha liberdade são teus olhos infinitos
Os meus caminhos estão nos pés que pisas
Carregas-me dentro do teu mundo meu mito
Como um espelho que necessita se Narcisar
Que eu perca então a razão
Se minha vida está dentro da tua
Possuis meus olhos então
Sob a negritude das noites sem lua
Peço perdão se te invado assim
A semente que carregas dentro de ti ainda desmaia
Um dia frutificará majestoso em teu jardim
Amaciados pelos ventos da candelária
Meu mundo fundiu-se ao te enquadrar
É como a ave voando feliz sob a beira mar
Fazem parte de uma só pintura pincelado no ar
Sob a moldura dos olhos meus diante do teu olhar
Nascemos um pro outro aqui na manjedoura da terra
Nosso amor é água sempre vinda da nascente
Que nunca seca tem o tamanho do céu e nunca se encerra