A árvore

Cresces, às vezes, cais

Em teu deserto devastado,

Em teu espaço castigado,

E se muito chover consegue

Brotar, trazendo esperança

Ao próprio Homem

Nas profundezas dos vales.

O meu ser, o que encontras

Em teu campo desertificado?

Restos de animais sobre a terra

O que vês é quase nada,

Chorosa e ressecada

Não encontraras ternura,

No deserto onde cais

O que na verdade guardo para ti

É um galho de rosa vermelha,

O amor mais verdadeiro do mundo.

Não tenhas medo de mim, não caias

Outra vez em tua animosidade

Balanças o meu verso que te veio salvar

E deixes que ele alce vôo pela porta da liberdade.

Ele voltará para tentar salvar-te

Sem que tu te vás à direção dele,

Porque foi transportado num momento difícil

E esse momento não encontrará defesa em meu coração.

Feliz tu me recebes

E bebes de minha boca os verso rotos

Não sou um político discursador

Que promete e nada faz,

Mas um brasileiro que traz a ti

O pão, a paz e amor no coração.

Dê-me ternura, dê-me o sorriso teu

E dê-me forças para ser maleável

Não deixes que te firam os troncos, seria em vão,

Não me deixes ferir porque te feriram também.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/11/2006
Reeditado em 29/11/2006
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