TRILHA DE AMORES

Fui assim desde criança
E alimentei a festança
De obter felicidade
Em amar a Esperança...

Crescendo e vivendo
Piscando o olho a entender
Que teria o que queria,
E eu desejava a Alegria...

Tive a intenção de consorte
De quiçá driblar a morte
Mais um forte e ledo engano:
Busquei desposar a Sorte...

Sonhando à noite acordado
Emendava-a, varando o dia,
Vivenciei as melhores noitadas,
Ao me apaixonar por Poesia...

A Poesia é uma amante,
Que não provoca ciúme,
Platônico amor arfante
No brilho-mor do seu lume...

Pensando alinhar-me à Ciência
Apostei numa intelectual
Tenha a santa paciência!!!
(Foi aí que vi o mal...)
De novo, novas crendices...
Casaram-me com a Burrice...

Enfim, outro casamento
Que quase minha cabeça pira
Pensando em amor de verdade
Casaram-me com a Mentira!

Depois de algum certo tempo
De tanta rebelião
Veio o segundo divórcio
E me juntei à Solidão...

Passei a viver sozinho
ou na amizade colorida com a Incerteza...
Saudades pelo caminho
Foi quando adotei a Tristeza!

Mas, Deus que está sempre ao meu lado
E que não quer me ver na perda
Abriu u'a estrada com um Sol dourado
E me conduziu à Vereda...

E é nessa *Vereda que espero
Seguir na estrada da vida
A viver o amor mais sincero
Com toda emoção incontida!
* Vereda é o apelido que pus em minha namorada, Vera Jacobina.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 19/06/2011
Reeditado em 11/07/2011
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