Trinta e um dias de amor (Dia Vinte)

“Dia Vinte”

Hoje o dia está turvo

Coberto de neblina

Parece que cairá o dilúvio

O sol gélido me olha de quina

O vento está frio

A folhagem molhada de orvalho

O meu peito está vazio

Nem me dou mais conta do horário

Nem o meu amor sorri

De tão gelado o tempo

Alguém por favor, me tire daqui

Não quero mais este sofrimento

A poesia é meu fogo

Mantém aquecida minha alma

E a solidão é um joio

Que trás em ti chama apagada

Os poemas me matem aquecido

Amar é meu requinte

Do amor sou um refém enlouquecido

Vivendo este louco dia vinte

William Gonçalves
Enviado por William Gonçalves em 19/06/2011
Código do texto: T3044875