Trinta e um dias de amor (Dia Vinte)
“Dia Vinte”
Hoje o dia está turvo
Coberto de neblina
Parece que cairá o dilúvio
O sol gélido me olha de quina
O vento está frio
A folhagem molhada de orvalho
O meu peito está vazio
Nem me dou mais conta do horário
Nem o meu amor sorri
De tão gelado o tempo
Alguém por favor, me tire daqui
Não quero mais este sofrimento
A poesia é meu fogo
Mantém aquecida minha alma
E a solidão é um joio
Que trás em ti chama apagada
Os poemas me matem aquecido
Amar é meu requinte
Do amor sou um refém enlouquecido
Vivendo este louco dia vinte