Doce Menina (Brisa apaixonada)

Doce Menina (Brisa apaixonada)

Deixo-te ver as flores da saudade;

Do acalanto que já vens o bom posto

O licor, a luzir-me o doce rosto!...

Beija-me a boca entre a bela bondade.

Lá na esquina do amor: "Amo-te o véu!"

Viste o sol augusto que sente o lago;

Do palor sedutor que já me afago!

Sabes, ó flor eterna! Deu-me ao céu.

A bulir-me, que em cor não perde o mar?

Sim, E no teu licor que vês o anelo!...

Do licor aos meus prantos a vivê-lo.

Aquece-me os cantos que é do meu lar.

Podes amar-me os meus lírios do amor;

Se o sentimento olvidar-me os carinhos!

Hás de cessar-me todos os bons ninhos.

Lembro-me a tua noite... Como a flor!...

Se te cessar ao véu do alento a ti...

Que, a mim do peito vai sentir-me o lírio

Dos cantos que sentes o meu delírio;

Querida! Mas no amor já me senti!...

Ó sedução! Que sentes o meu canto!?

São os amores nus - como o prazer;

Beijar-me os lírios já vens dar-te ao ser,

São os delírios nus - como o acalanto.

Autor:Lucas Munhoz

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