UMA ESTRELINHA TRAVESSA

UMA ESTRELINHA TRAVESSA.

Para o Guilherme.

Eu juro que ontem eu vi,

Bem pertinho do infinito,

Uma estrelinha solitária,

Distante das demais grandalhonas.

Brincava e fremia constantemente,

Talvez de frio, coitadinha!

Eis que passa rasgando um cometa,

Cabeçudo que voava muito ligeiro,

Deixando um rastro em brasas,

Um rabo de ouro, feito de fogo.

A estrelinha não pensou duas vezes:

Tomou carona no rabo quente.

Agora não tremia de calor ardia.

E assim deram mil voltas,

Ao redor de cem planetas.

Vi depois bem lá no horizonte,

Se esfregando nas montanhas,

Uma estrelinha fazendo piruetas.

Brincando, cintilando de novo sozinha,

Fazendo festas e mil caretas.

Era o Guilherme que apeava,

Do cavalo alado o seu cometa.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 29/11/2006
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